História.

Uma campanha para Recordar

Inúmeras vezes, ouvi minha avó, Carminha, cantar a música que foi tema da alegre e inesquecível campanha de Zabilo Gadelha, para prefeito de Sousa, no ano de 1959. Na verdade, é uma das lembranças de minha avó, trazidas de sua terra. E durante muito tempo, ouvi ela cantar esta música, ao recordar tempos históricos.

A eleição para prefeito era disputada entre Zabilo e seu genro, Doutor Augusto Abrantes. A letra musical da campanha do avô de André Gadelha, foi cantada com emoção pelo povo sousense:

"Zazá, Zazá, Zabilo,

está na boca do eleitor,

todo mundo seja rico ou pobre,

não quer doutor,

só quer votar em Zabilo."
A letra é de autoria das irmãs, Julieta e Criseuda Gadelha, filhas do ex-prefeito, Tosinho Gadelha. Era tocada ao acordeom, pelas primas Fátima e Janete Gadelha, a última, de saudosa memória. Esse estribilho, fez um extraordinário sucesso, chegando a encantar até mesmo os adversários, que não se continham ao ouvir a animada marcha, "Zazá".
De acordo com o saudoso escritor Paulo Gadelha, as eleições, especialmente, as disputadas para cargos majoritários, mexem com a alma, as emoções e os sentimentos sousenses. Realmente, a campanha política de 1959, emocionou tanto o povo de Sousa, que entrou para a história como a mais intensa eleição, do século XX. E ainda hoje, é lembrada por aqueles que a vivenciaram, e pela nova geração.
Durante esse período marcante da história política da "cidade sorriso", o cinema foi levado à Zona Rural, através de um projetor ambulante. Zabilo podia, pois era dono do Cine Moderno, um dos melhores do Sertão. E esse fato contribuiu para fortalecer sua candidatura e torná-lo prefeito de sua cidade.
Aquele período eleitoral foi marcado por intensa luta cívica, com muita emoção e competitividade. Alegrou o município de Sousa e marcou história. Ao término da campanha, Zabilo foi eleito e o povo nunca mais esqueceu os momentos marcantes daquele ano.
Como poderia ser diferente, se os eleitores de Augusto Abrantes, divertiam-se com a temática da campanha de Zabilo? Até mesmo minha avó, prima de Doutor Augusto Abrantes, nunca esqueceu a famosa marcha "Zazá".

Patrimônio em Reconstrução

Há seis anos, a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, localizada na cidade de Sousa, está deformada, embora, há quatro anos, passe por uma complexa reconstrução.
No dia 29 de Abril de 2007, caiu a primeira torre desse templo, o trabalho de reconstrução começou no dia 18 de Junho de 2009. Quase dois anos depois, a segunda torre desabou, esta, ainda está a espera do término do trabalho da primeira torre, para ter a sua reconstrução iniciada.
Durante esses seis anos, o cenário político de Sousa e da Paraíba, passou por transformações, no entanto, elas não foram capazes de alterar a situação de quase abandono, da Igreja Matriz de Sousa, tombada como Patrimônio Histórico da Paraíba.

Dicas de Leitura

O livro, Por uma Outra Globalização, do consagrado autor, Milton Santos, é uma importante narração do que é, e do que poderia ser, a globalização na visão desse renomado escritor.
Leiam este livro, e entendam e compreendam o que é Globalização!

O que dizem os sousenses...

"O meu sonho político é ser prefeito de Sousa".(Lafayette Gadelha, vereador).

"Eu, André Gadelha, pessoa física, estou disposto a assumir o time do Sousa."(André Gadelha, prefeito).

"Que diabo de  lei é essa, que serve para um e outro não"?(Jucélio Almeida, radialista).

"Eu sou ímpar na Paraíba".(Ademar Nonato, radialista).

Fragmentos especiais

"Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste que me deu uma alma agreste."

(Graciliano Ramos, São Bernardo).

Homenagem

Salomão Gadelha: A falta que Sousa sente.

No dia 25 de Novembro deste ano, fará três anos que Sousa perdeu Salomão Gadelha, um homem que projetava para a "cidade sorriso", o progresso  e o desenvolvimento, um prefeito que "driblou" os que tentavam lhe derrubar, e revolucionou, porque não teve medo de ousar e lutar por sua terra e sua gente.

Salomão Gadelha governou a cidade de Sousa de 2002 a 2008, e durante esse período, esta cidade passou por uma importante transformação, que trouxe benefícios aos sousenses visíveis até hoje. Ele criou o DAESA( Departamento Autônomo de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental do Município), e isentou de tarifas as famílias de baixa renda, possibilitando assim, uma melhoria de vida para os mais sofridos e necessitados. Esse feito foi suficiente para dá um exemplo de dinamismo à Paraíba, e tornar o filho caçula de Zé Gadelha o maior prefeito da "terra de Bento Freire".

Salomão Gadelha também trouxe para Sousa o SAMU, o CAPS, o Centro Cultural, entre outras benfeitorias que lhe fazem permanecer vivo para os sousenses. Com a criação do CAPS, pessoas com problemas mentais puderam encontrar um tratamento, e deixaram de ficar à margem da sociedade; A população em geral, passou a contar com o auxílio do SAMU, existente outrora, apenas nas grandes cidades, e jovens puderam ter acesso à cultura, sem sair de Sousa, através do Centro Cultural.

"Quando olharem para o SAMU, vão se lembrar de mim", essa frase do ex-prefeito, ficou na cidade de Sousa, como um eco, remoto, porém vivo. Como não lembrar de Salomão e Aline Gadelha, ao passar em frente ao prédio do SAMU?

Um homem que não tinha medo de dizer que o petróleo iria jorrar nas terras do Rio do Peixe, pois acreditava em seus sonhos e em suas lutas, sempre pautados  no crescimento sousense. Assim foi Salomão, quando fundou um shopping e quando se reunia com autoridades para discutir a questão do ouro preto em sua terra natal.
Quase três anos depois de sua morte, ele ainda é lembrado todos os dias em Sousa, até mesmo por aqueles que discordavam de sua ideologia, o que significa que Salomão Gadelha não morreu para a história política desta cidade.

Dicas de Leitura

O livro O Queijo e os Vermes, do autor Carlo Ginzburg, conta a obscura história de um herege, que acredita ser o queijo o responsável pela criação do mundo.
É um livro incrível e irresistível ao leitor atual.

Vale dos Dinossauros

Vale dos Dinossauros

O Monumento Natural Vale dos Dinossauros, localizado na cidade de Sousa, foi revitalizado, e está mais belo do que nunca, no entanto, ainda podemos constatar algumas carências nesse sítio paleontológico.

Uma delas, é a ausência de uma lanchonete, ou algo desse tipo. Os turistas que ali chegam, não encontram um lugar para comprar uma água e um lanche, o que é desagradável para os visitantes e péssimo para a imagem do Vale.
Um complexo turístico de grande importância como é o Vale dos Dinossauros, tem capacidade de avançar a economia sousense, o que está faltando é um investimento e uma iniciativa. O Vale precisa de uma venda urgente, para atender aos turistas.
Também deveria ter mais lembranças desse sítio paleontológico a venda, para que as pessoas comprassem e saíssem com uma recordação do nosso Vale e de Sousa. O que tem disponível lá é pouco diante da grandiosidade desse complexo de visitação.
O Vale dos Dinossauros recebe diariamente inúmeras visitas, que vêm contemplar sua beleza científica, ainda mais encantadora depois da revitalização. Porém, ainda precisam ser sanados alguns problemas, como a falta de uma lanchonete.

Fragmentos Especiais

Eis um pequeno trecho do Livro o Longo Inverno:

"Todas olharam para Mary, que estava olhando para nada com seus grandes e lindos olhos azuis que já não tinham vida. Ela sorriu com alegria quando mamãe a elogiou, e então seu rosto se transformou como faz a luz quando chega uma nevasca. Por um minuto ela olhou como olhava quando podia ver, e ela e Laura dicutiam. Ela jamais cedera a Laura, porque era a mais velha e a chefe."


(Laura Ingalls Wilder)