domingo, 29 de setembro de 2013

Artigo: Cultura ameaçada

Cultura ameaçada

Há alguns meses, uma notícia lamentável preocupa a cidade de Sousa, localizada no Alto Sertão da Paraíba:A possibilidade da extinção do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil, inaugurado na "cidade dos dinossauros", no dia 25 de Junho de 2007.
Isso vem ocorrendo em decorrência da nova política implantada pelo atual presidente do Banco do Nordeste, o Senhor Ari Joel, que demonstra não dá importância a cultura na nossa região, o que extremamente lamentável.
Sua estratégia consiste em desmontar os centros culturais, inclusive, foi o que já aconteceu em Fortaleza, que teve seu centro cultural extinto e os livros da biblioteca doados a algumas instituições. Em Teresina, as obras  estão paralisadas, e no Juazeiro do Norte, também foi desmontado o espaço cultural.
Em Sousa, o aviso do desmonte do CCBNB deixou os funcionários cientes que estarão ali, por poucos dias, e a população ficou muito triste e inconformada. Se isso realmente se concretizar, os sousenses ficarão "órfãos " de um lazer cultural.
É inadmissível que a concentração cultural fique no eixo João Pessoa-Campina Grande, enquanto que o Sertão fique desprovido de realizações artísticas. Sousa não pode perder seu Centro Cultural e nossos representantes, devem lutar pele permanência da intelectualidade na "cidade sorriso".
É hora dos nossos deputados fazerem algo de valor pelo povo sousense. Enviar cartas para o presidente do Banco do Nordeste não é o suficiente, é preciso uma atitude mais grandiosa e significativa, que possa garantir à Sousa a preservação do seu desenvolvimento cultural.
Há seis anos,a população sousense passa por um processo de letramento, através da diversão propiciada pelo Centro Cultural do Banco do Nordeste. Será que é justo, tudo isso terminar por consequência de uma política capitalista?
O Centro Cultural foi criado com o objetivo de incentivar a cultura e valorizar a arte, seu desaparecimento seria regredir e voltar a um passado onde lazer cultural somente existiam nas grandes cidades brasileiras.
Portanto, o Banco do Nordeste deve repensar sua determinação e deixar a arte viver, para que o povo nordestino possa manifestar livremente sua cultura, que não pode morrer.

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